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Período de eleições na Unipampa deve ser oportunidade para debate estratégico sobre a universidade



Nos dias 11 e 12 de setembro, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) vivenciará um momento crucial para a gestão, com as eleições para Direção, Coordenação de Curso e Representações em Órgãos Colegiados dos Campi. O período de campanha eleitoral iniciou-se em 19 de agosto e se encerra em 09 de setembro.


A atual conjuntura de cortes e restrições financeiras apresenta-se como particularmente desafiadora. Com o contingenciamento orçamentário que superou 18% nas verbas de custeio, a universidade enfrenta dificuldades significativas que exigem um debate aprofundado e estratégico. Para o professor Caiuá Cardoso Al-Alam, tesoureiro da Sesunipampa, um debate fundamental que as candidaturas para as direções de campi precisam encarar é a importância de retomar a luta por um orçamento bem estruturado para a educação e para as universidades. Em vez de se concentrar na disputa por emendas parlamentares, que têm aumentado de forma exorbitante nos últimos dois anos, deve ser exigido um orçamento estável e consistente. "O processo eleitoral nos campi é uma oportunidade vital para a comunidade acadêmica debater projetos e propostas para a universidade", avalia ele. "É fundamental valorizar este momento de exercício democrático, onde podemos discutir não apenas a gestão interna, mas também questões cruciais como a assistência estudantil e o combate ao assédio."


A assistência estudantil é identificada como uma área importante para abordar temas como a ampliação deste programa, que desempenha um papel essencial no combate à evasão universitária. Além disso, o combate ao assédio — seja contra técnicos, estudantes ou docentes — deve ser uma prioridade para garantir um ambiente educacional seguro e respeitoso.


Por último, Caiuá afirmou que é fundamental discutir a importância da ocupação física dos campi pelos servidores, pois desempenha um papel vital na defesa do espaço de trabalho, no engajamento e na transformação social. Alternativas como o ensino à distância, embora propostas como soluções para a evasão, acabam prejudicando, ao esvaziar os campi de suas vivências e experiências sociais. A presença física no campus é fundamental para a formação dos alunos.


Assim, o processo eleitoral deve ser encarado para além de uma mera formalidade administrativa, como um ponto de inflexão para discutir os projetos de universidade frente a um cenário de crise configurado pelo aprofundamento da precarização.

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