A gestão do orçamento da Unipampa é um tema central na construção do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2025-2029, cuja consulta pública está aberta a contribuições até o dia 8 de novembro. Neste momento decisivo, é fundamental que a comunidade universitária denuncie publicamente a política de "ajuste fiscal", se posicionando em defesa de um orçamento estruturado e robusto, com recursos adequados vindos diretamente do governo federal.
A ideia de se buscar "fontes alternativas" de recursos (convênios, parcerias público-privadas ou editais de pesquisa e projetos via fundações de apoio), defendida pela gestão da Unipampa na versão preliminar do PDI, embora possa parecer uma solução rápida e eficiente para o financiamento das universidades, representa um sério risco à autonomia acadêmica e à função social das instituições públicas. A ampliação das parcerias público-privadas, em particular, submete a universidade a interesses privados, que nem sempre estão alinhados com as necessidades da sociedade e com a missão de promover o conhecimento público e acessível. Ao priorizar o lucro, essas parcerias podem distorcer os objetivos acadêmicos e comprometer a qualidade do ensino e da pesquisa, favorecendo áreas que gerem retorno financeiro em detrimento da educação de qualidade e da pesquisa científica que atenda ao bem-estar social.
Além disso, é imprescindível que o orçamento da Unipampa seja distribuído de maneira mais justa e equânime entre seus campi. A proposta de distribuir 50% do orçamento igualmente entre as 10 sedes da universidade, com o restante sendo escalonado conforme a Região Administrativa de Planejamento (RAP), visa minimizar as grandes desigualdades que existem entre cursos e campi. Essa medida é essencial para que todos os campi tenham os recursos necessários para o seu pleno desenvolvimento, garantindo uma distribuição mais equitativa e permitindo que a Unipampa atenda a todas as suas funções de ensino, pesquisa e extensão de maneira mais equilibrada.
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