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O Brasil está na contramão do debate sobre privatização, avalia David Deccache



No dia das Servidoras e Servidores Públicos, a Sesunipampa demarca, a partir da reportagem da Agência Pública, a luta por por serviços públicos de qualidade, que devem ser alternativa à precarização embutida nos processos de privatização.


Em julho de 2024, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) passou por um processo de privatização, reduzindo a participação do governo na gestão da empresa. Esse movimento reabre um debate sobre a eficácia das privatizações, especialmente após um apagão em São Paulo, que expôs falhas na gestão privada. David Deccache, economista e diretor do Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento, argumenta que as privatizações frequentemente resultam em tarifas mais altas e serviços de menor qualidade, transformando setores essenciais em fontes de lucro.


Deccache critica a narrativa dos anos 1990 que apresentava o setor público como ineficiente, afirmando que a solução não é a desestatização, mas sim a melhoria dos serviços públicos. Ele menciona que a regulação tende a favorecer grandes empresas, levando a um desequilíbrio de forças que prejudica os consumidores. O economista também destaca a reestatização de serviços em vários países como resposta aos fracassos das privatizações. O Brasil, segundo ele, continua apostando em um modelo que o mundo está começando a reverter, enfrentando uma crise em setores essenciais que pede uma reavaliação do papel do Estado na oferta de serviços públicos.


Fonte: Agência Pública


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