Nove anos após o rompimento da barragem em Mariana (2015), que devastou a bacia do Rio Doce e causou a morte de 19 pessoas, os atingidos ainda enfrentam desafios significativos na recuperação ambiental, na participação nos acordos de reparação e na retomada de seus modos de vida. Apesar de algumas indenizações, muitas famílias continuam sem ser reconhecidas, e áreas como o litoral do Espírito Santo e o sul da Bahia ficaram de fora do acordo de reparação de outubro de 2024.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realiza atos para pressionar por justiça e reparação integral, destacando a exclusão das mulheres nos processos de indenização (apenas 33% das beneficiadas foram mulheres). Além disso, os atingidos não têm participação efetiva nos acordos de reparação, que ocorreram em 2016, 2018 e 2024.
Entre os poucos avanços, estão fundos para projetos coletivos de geração de renda, saúde e mitigação de enchentes. Também há um julgamento em Londres contra a BHP Billiton, visando responsabilizar a mineradora. No entanto, ainda persiste a dor e insegurança entre os atingidos, especialmente em relação à saúde, com aumento de doenças como câncer e alergias, e à dificuldade de retomar os modos de vida anteriores, como a agricultura. O futuro da moradia e o uso do rio permanecem incertos.
Fonte: Brasil de Fato
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