Entre 1985 e 2023, a pastagem foi a principal causa do desmatamento na Amazônia, com um aumento de 363% na área destinada a essa prática, que passou de 12,7 milhões para 59 milhões de hectares. Atualmente, 14% da Amazônia é ocupada por pastos. Na região Amacro (Amazonas, Acre e Rondônia), a área de pastagem cresceu 11 vezes, representando 13% da perda de vegetação nativa da Amazônia. Mais de 90% das áreas desmatadas inicialmente foram para pastagem, enquanto o desmatamento para agricultura teve um pico em 2004, mas caiu após a moratória da soja, em 2008. As pastagens também impactaram áreas úmidas, que perderam 3,7 milhões de hectares entre 1985 e 2023.
A agropecuária na Amazônia cresceu 417% no período, com a área agrícola aumentando 4.647%, dominada por lavouras temporárias, especialmente soja. A silvicultura também cresceu significativamente, passando de 3,2 mil hectares para 360 mil hectares. No total, a Amazônia perdeu 55,3 milhões de hectares (14%) de vegetação nativa, sendo a formação florestal a mais afetada. Estados como Amazonas e Amapá têm a maior cobertura de vegetação nativa, enquanto a vegetação secundária, resultado de áreas desmatadas em recuperação, já representa 2% da vegetação nativa do bioma.
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